Um homem, seu cão, uma mulher jovem e um cineasta em uma casa junto ao Mar Cáspio. Todos os três são procurados, mas também estão em busca de um ao outro. Assim começa um jogo absurdo em que realidade e ficção se fundem. Ambos estão em fuga: o homem com o cão, o que não é permitido a ele – porque a lei islâmica considera isso algo imundo – e a jovem que participou de uma festa ilícita às margens do Mar Cáspio. Eles escondem-se numa casa isolada, com janelas com cortinas e olhares suspeitos uns para os outros. Por que ele raspou a cabeça? Como ela sabe que ele está sendo seguido pela polícia? Ambos são agora prisioneiros em uma casa sem vista alguma em meio a um ambiente hostil. As vozes da polícia podem ser ouvidas a distância, mas pode também ser ouvido o tranquilizante som do mar. Estamos olhando para bandidos, em todos os sentidos da palavra? Ou o homem e a jovem são apenas fantasmas, produto da imaginação de um cineasta que não é pode mais trabalhar? O diretor entra em cena e as cortinas são abertas. A realidade se restabelece em si, mas a ficção se aproxima mais e mais. Uma situação absurda: dois personagens de um roteiro, ambos procurando e observando o seu diretor.
